Para que as distrações nunca esqueçam os momentos felizes, aqui fica a...
acta nupcial
Nesta Lua Nova, sexta-feira, dia treze do oitavo mês Estou em Uruk, meu amor, a vinte e cinco séculos de ti E as árvores são as mesmas árvores cuja sombra te abrigou Os animais rareiam mas são tão iguais aos que perseguiste Excepto aqueles que nunca cheguei a conhecer se extinguiram Os mesmos rios correm com idênticas águas sempre outras O Tigre e o Eufrates antes cristalinos e insubmissos fluem Agora tímidos e sujos e estagnam em barragens avulso Os homens e mulheres já não flanam em sedas, linhos e lãs E os brocados perderam as figuras geométricas que os esculpiam Os losangos, círculos e triângulos da incógnita decimal divina Nem inquietas danças balançam sob a sua passagem fugaz.
Mas esta esquina é a mais frequentada da cidade desde cedo E nunca me falta trabalho, às vezes ainda se não vê claro e já Tenho agricultores ou ricos negociantes para grafar contratos Viúvas que querem mandar cartas a seus filhos e mais parentes Nem nunca me faltam as tabuinhas de alabastro e terracota E a deusa Inanna protege ciosamente altiva os seus súbditos Porque Inanna, deusa do amor e da fecundidade, também é fiel Súbdita incansável de Arina cuja luz a todos igualmente ilumina Incluindo Gilgamesh, Enkidu ou até o sobrevivente Shuruppak De quem o dilúvio quase tornou o único homem sobre a terra, Embora se saiba hoje que não foi assim, pois todos aqueles E aquelas que ao momento adoravam A Deus nos altos píncaros Dos montes se salvaram ilesos e íntegros na carícia do vento Como quaisquer frutos altaneiros a que as águas não atingem Ou o voo das aves se torna impróprio ante encascada polpa.
Foi a principal prova do poder e gratidão de A Deus entre nós De como o seu louvor é benfazejo e imaculado e são e puro E de como nele os netos dos homens se fazem à medida avós E de como o mundo todo é seu templo sem cúpulas nem muro.
♥Posso ter defeitos, viver ansiosa e ficar irritada algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá a falência."
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não“. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. <<<
"Pedras no caminho? GUARDO TODAS, UM DIA VOU CONSTUIR UM CASTELO..."
Um comentário:
Para que as distrações nunca esqueçam os momentos felizes, aqui fica a...
acta nupcial
Nesta Lua Nova, sexta-feira, dia treze do oitavo mês
Estou em Uruk, meu amor, a vinte e cinco séculos de ti
E as árvores são as mesmas árvores cuja sombra te abrigou
Os animais rareiam mas são tão iguais aos que perseguiste
Excepto aqueles que nunca cheguei a conhecer se extinguiram
Os mesmos rios correm com idênticas águas sempre outras
O Tigre e o Eufrates antes cristalinos e insubmissos fluem
Agora tímidos e sujos e estagnam em barragens avulso
Os homens e mulheres já não flanam em sedas, linhos e lãs
E os brocados perderam as figuras geométricas que os esculpiam
Os losangos, círculos e triângulos da incógnita decimal divina
Nem inquietas danças balançam sob a sua passagem fugaz.
Mas esta esquina é a mais frequentada da cidade desde cedo
E nunca me falta trabalho, às vezes ainda se não vê claro e já
Tenho agricultores ou ricos negociantes para grafar contratos
Viúvas que querem mandar cartas a seus filhos e mais parentes
Nem nunca me faltam as tabuinhas de alabastro e terracota
E a deusa Inanna protege ciosamente altiva os seus súbditos
Porque Inanna, deusa do amor e da fecundidade, também é fiel
Súbdita incansável de Arina cuja luz a todos igualmente ilumina
Incluindo Gilgamesh, Enkidu ou até o sobrevivente Shuruppak
De quem o dilúvio quase tornou o único homem sobre a terra,
Embora se saiba hoje que não foi assim, pois todos aqueles
E aquelas que ao momento adoravam A Deus nos altos píncaros
Dos montes se salvaram ilesos e íntegros na carícia do vento
Como quaisquer frutos altaneiros a que as águas não atingem
Ou o voo das aves se torna impróprio ante encascada polpa.
Foi a principal prova do poder e gratidão de A Deus entre nós
De como o seu louvor é benfazejo e imaculado e são e puro
E de como nele os netos dos homens se fazem à medida avós
E de como o mundo todo é seu templo sem cúpulas nem muro.
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